Existem muitos motivos para você querer ter uma horta comunitária em seu condomínio: o preço do tomate pela hora da morte, a chance de melhorar a alimentação da família ou o fato de os legumes na banca de hortifrúti apresentarem cor bem diferente daquela que você conhecia (agradeça aos agrotóxicos por isso).
Além do que, pode ser uma tarefa bem estimulante remexer a terra e zelar pelo crescimento das plantas, passando algumas horas relaxantes na companhia da família (envolver as crianças nessa atividade é um prazer a mais). Ao final, você tem a satisfação de colher uma cesta de vegetais frescos para o jantar.
Por fim, vale dizer que a horta comunitária oferece a oportunidade de envolver os vizinhos em um projeto ecológico, sustentável e que estimula o espírito de cooperação entre os condôminos. Tudo sem exigir grandes estruturas nem perícia técnica ou conhecimentos avançados. Um pouco de organização e disposição e o resultado satisfará a todos.
Como você pôde concluir, não faltam razões para investir em uma horta comunitária. O que falta saber é: como fazer? Qualquer lugar serve? O que poderemos plantar? Para tirar todas essas dúvidas é só continuar conosco. Então, prepare as ferramentas que já vamos começar!
Se você espera cooperação, terá de contar com o apoio do maior número de pessoas possível.
Sendo assim, banque o “portador da boa nova” e saia por aí coletando engajamento. Como ponto de partida, converse com o síndico e peça para incluir o assunto na pauta da próxima reunião do condomínio.
É necessário que o plano seja aprovado em assembleia. A maioria simples basta caso a horta ocupe uma área não construída. Se a ideia for utilizar uma área já construída, você precisará contar com a anuência de ao menos dois terços dos moradores (artigos 1341 e 1342 do Código Civil).
Trate do assunto com entusiasmo, expondo os benefícios da medida (alimentação saudável, atividade prazerosa, economia). Faça uma pesquisa prévia na internet para obter algumas informações preliminares e melhorar a sua argumentação.
Uma vez tendo conseguido a aprovação, forme com os demais interessados um comitê gestor, responsável pela manutenção do espaço. Estabeleça uma escala de responsabilidades e defina em conjunto os próximos passos. Então, parta para a ação.
Antes de seguir adiante, é importante ressaltar que podemos construir uma horta de duas maneiras: a tradicional, plantada no solo e também chamada “horizontal”, e a vertical. Esta última é muito utilizada quando não há espaço disponível. É o recurso usado por quem curte cultivar hortaliças em seu apê.
No caso de uma horta comunitária, a questão do espaço é importante — o que implica a adoção do formato horizontal. Sua adoção também justifica a submissão do assunto à assembleia de condôminos.
Dito isso, deve-se submeter a escolha do espaço às características do lugar. Condomínios maiores, daqueles com várias torres de apartamentos, normalmente dispõem de áreas verdes e outros locais propícios ao plantio de vegetais.
Outros, menores, normalmente não possuem áreas de plantio. Nesse caso, é necessário fazer canteiros (falaremos mais disso adiante). O importante é que a horta não fique à sombra. Quanto maior a incidência de luz solar, melhor.
Se o condomínio possuir área permeável (com terra) onde seja viável fazer uma horta comunitária, tudo se torna mais simples. A situação fica um pouco mais complicada (mas não muito) se o único local disponível estiver revestido. Neste caso, será preciso tomar precauções para evitar que ocorram problemas de infiltração.
Faça o seguinte: ponha uma manta impermeabilizante ou um revestimento de poliéster flexível para garantir o isolamento do terreno onde será feita a horta. Delimite os canteiros com tijolos e acrescente a terra e o adubo (uma dica é aproveitar o lixo orgânico para fazer compostagem).
Uma alternativa interessante é adotar um esquema de canteiros prontos, como os que a startup luso-brasileira Noocity desenvolveu. A principal vantagem desse sistema é que ele possibilita maior aproveitamento da água, pois faz com que as regas sejam mais espaçadas.
A propósito, a questão da irrigação é importante. Vale a pena estudar um pouco o assunto, pois a necessidade de água varia conforme o tipo de hortaliça e a temperatura média da região onde você mora.
Com a terra devidamente preparada, é hora de decidir o que será plantado.
Essa escolha deve levar em conta a época do ano, pois nem tudo cresce o ano inteiro. Além disso, algumas sementes e mudas precisam ficar mais fundo na terra, o que pode inviabilizar o seu plantio.
O manjericão, o louro e as pimentas são exemplos de plantas que pedem profundidade maior que 60 centímetros. Outras, como o orégano, salsinha e hortelã, não precisam de tanta terra em cima.
Uma vez que as sementes estejam no solo, defina com o pessoal as escalas de trabalho, pois a horta comunitária necessita de manutenção constante. Além das regas periódicas, é preciso limpar os canteiros, retirando ervas daninhas, e inspecionar as mudas para prevenir a ocorrência de fungos ou pragas.
A rotação de culturas e o plantio alternado de espécies são formas de combater as pragas, mas não deixe de pesquisar na internet ou em casas de produtos agropecuários métodos de controle sustentáveis.
Quando chegar a época de colher, chame todo mundo para ajudar. Não esqueça de incluir as crianças na tarefa (aliás, em todas as tarefas da horta: quanto mais envolvidas no projeto, mais sujarem as mãos com terra e se encantarem com o crescimento dos vegetais, maior será o entusiasmo e o aprendizado).
Por fim, veja com o pessoal a melhor maneira de distribuir os frutos dessa ação coletiva. Pode ser uma boa ideia montar uma banca com os produtos e deixá-los à disposição dos condôminos, para que retirem o quanto necessitem, ou fazer kits e distribuir entre o pessoal.
Quem sabe uma saudável refeição coletiva? Seria um jeito bem diferente de celebrar os primeiros resultados da sua horta comunitária e planejar as próximas ações (quais hortaliças plantar a seguir?), mantendo o pessoal engajado. De quebra, é uma forma de socializar o povo, que é uma das coisas a serem cultivadas (desculpe o trocadilho!) na vida em condomínio.
Esperamos que este post tenha despertado o horticultor que existe em você. Quem sabe até o inspire a cultivar umas plantinhas extras na tranquilidade do lar, o que acha? Se ficou interessado, não deixe de ler o artigo que preparamos sobre como fazer uma horta no apartamento. Boa leitura!
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