A reciclagem é uma das ações de sustentabilidade mais difundidas que existe. Aplicada, inclusive, em nível de política pública em muitos lugares, ela consiste da separação do chamado lixo seco de nossas casas e sua correta destinação aos serviços de coleta seletiva.
Trata-se de uma medida importante, porém ainda não adotada de forma plena ou eficiente pelos brasileiros. Embora nosso país figure entre os quatro maiores geradores mundiais de lixo plástico, segundo dados do Banco Mundial, com uma produção anual estimada em 11 milhões de toneladas, acredita-se que uma parcela ínfima disso (145 mil toneladas, ou 1,28% do total) é efetivamente reciclada e retorna ao mercado como um novo produto. A média mundial é de 9% — o que também não é muita coisa.
Como resultado, em torno de 7,7 milhões de toneladas do material acabam em aterros sanitários, enquanto que 2,4 milhões de toneladas são descartados de forma irregular em lixões a céu aberto. E uma quantidade nada desprezível alcança os mares (2 milhões de toneladas, entre plásticos e bitucas de cigarro), produzindo aquelas imagens dramáticas de animais marinhos sufocando com canudos e sacolas.
Um dos problemas que se observa é que muito do plástico que chega às usinas de reciclagem não pode ser aproveitado, por estar contaminado, demandar um processamento complexo ou ser de baixo valor comercial; ou seja, é mais barato fazer um novo do que reciclar.
Tantos reveses, porém, não devem ser motivo para que lavemos as mãos. Ao contrário, devemos intensificar nossos esforços e nosso compromisso com o meio ambiente, mesmo que pareça insignificante. Se todos fizermos a nossa parte, promove-se uma mudança maior, não é verdade?
E uma forma de contribuir é promovendo uma reciclagem mais eficiente de nossos resíduos. Para auxiliá-lo nessa nobre tarefa, reunimos no post de hoje algumas recomendações sobre a forma correta de reciclar. Vamos conferir?
Embora as pessoas estejam cada dia mais inclinadas a fazer a sua parte e, ao menos, promover a separação do lixo doméstico, muitas vezes a falta de entendimento do que pode ou não ser reaproveitado compromete esse esforço, visto que existem muitos produtos que consideramos erroneamente recicláveis.
Muita gente não sabe, mas nem todo plástico é reciclável. Ou compensa reciclar. Exemplos são algumas garrafas PET coloridas (como as de ketchup ou mostarda), os embrulhos de papel metalizados (de salgadinhos e balas), escovas de dente, tubos de creme dental e as sacolas de supermercado (grandes geradoras do microplástico de ameaça a fauna marinha).
Na maioria desses casos, a solução não está na destinação do lixo, mas na adoção de alternativas sustentáveis, como as ecobags (sacolas reutilizáveis) para trazer as compras do mercado, copos reutilizáveis em lugar dos descartáveis, canudos de inox e escovas de dente de bambu.
Mesmo que tenhamos eliminado alguns exemplares inviáveis do ponto de vista da reciclagem, ainda sobra muito plástico passível de reaproveitamento.
A esmagadora maioria do Tereftalato de Polietileno (PET), presente nas garrafas de refrigerante, potes de margarina e mais uma infinidade de produtos similares, é o principal exemplo. Cerca de 80% do plástico reciclado no país vem desse produto.
Temos também o Polietileno de baixa densidade (PEBD), presente em embalagens plásticas de frios, embutidos, pães etc., e o Polietileno de alta densidade (PEAD), do qual se fabricam tampas e embalagens de shampoo, detergentes, desinfetantes, amaciantes e garrafas de suco, como produtos recicláveis com trânsito permanente em nossas casas.
Além disso, podemos reciclar vidro (mas não lâmpadas, espelhos, vidros temperados e louças), metal (latas, ferragens, pregos, arames, parafusos, cobre e alumínio — latas de verniz, esponjas de aço, clipes e latas de produtos tóxicos estão fora) e papel (caixas de papelão, do tipo longa vida, papel laminado, jornais e revistas — papel toalha, guardanapo, papéis adesivos, plastificados e celofanes, caixas de pizza engorduradas, além de fotografias, não são recicláveis).
Além de identificar quais embalagens e objetos é possível reciclar, devemos observar certos cuidados no momento de separar o lixo que seguirá para a reciclagem.
O processo de triagem começa com a separação do que é orgânico e do que é lixo seco (ou reciclável). Trata-se de um procedimento óbvio, mas que exige atenção: caso você, inadvertidamente, coloque algum material orgânico junto com o lixo reciclável, comprometerá todo o processo.
Além disso, não basta depositar o produto correto na lixeira adequada: é necessário higienizar as embalagens que serão recicladas. Considerando que a maioria desses recipientes contiveram alimentos (latas de molho de tomate, potes de margarina, garrafas de suco), a medida tem a função adicional de evitar a proliferação de insetos e o risco de doenças enquanto o dia da coleta seletiva na chega.
A questão da higienização do material reciclado traz outra preocupação: o consumo de água[1] . Algumas pessoas argumentam que um benefício anula o outro. Porém, há formas de gastar menos água nesse processo. Uma delas é deixar as embalagens na pia e enxaguá-las com a água usada na lavagem da louça.
De qualquer maneira, a dica é: lave bem as embalagens, mas use a água com moderação.
Uma vez que tenha realizado esse primeiro tratamento do lixo reciclável, é hora de adotar alguns procedimentos de estocagem visando facilitar a vida do serviço de coleta e também potencializar o aproveitamento do material que você separou.
É interessante compactar alguns materiais: as embalagens de leite longa vida, após limpas e secas, podem ser dobradas, as garrafas PET e as latas de alumínio amassadas. Isso tudo facilita a logística do serviço de coleta, que conseguirá transportar maior carga em menor tempo.
Alguns objetos devem ser descartados com cautela, de modo a não causarem acidentes. É o caso do vidro: se ele quebrou, coloque-o dentro de uma garrafa PET; corte-a ao meio e use a parte superior dela como rolha.
Já os papéis podem ser picados ou rasgados, mas não amassados. Por dois motivos: primeiro, porque facilita o transporte do material; segundo, preserva as fibras que compõem o papel, possibilitando que seja reaproveitado mais vezes.
Caso seja possível, o fato de contar com cestos para cada tipo de resíduo (papel, vidro, plástico e metal, além de um específico para o lixo orgânico) torna as coisas mais simples. Assim como facilita muito se o seu condomínio dispuser de um sistema de coleta seletiva. Se não, eis aí um belo tema para tratar na próxima reunião do prédio.
(Não podemos deixar de mencionar que nossos empreendimentos seguem a filosofia do cuidado com o meio ambiente, promovendo ações de sustentabilidade. Inclusive, no quesito coleta seletiva.)
Como pudemos depreender do que foi dito lá no início, ao lado da intensificação de esforços no sentido de reciclar o maior volume de lixo possível, devemos ter em mente que a produção de certos materiais representa um desafio imenso à manutenção do planeta.
Basta lembrar que uma simples garrafa PET leva mais de 200 anos para se decompor.
É preciso, portanto, promover uma mudança em nossos hábitos de consumo, eliminando de nosso cotidiano alguns produtos difíceis de reciclar (canudos, copos descartáveis), abolindo sacolas plásticas e promovendo o reaproveitamento intensivo de recursos e materiais.
Trata-se de uma tarefa difícil, que esbarra na conveniência e numa relação arraigada de consumo. Mas o desafio está posto, e a reciclagem é um passo fundamental que deve ser adotado o quanto antes, como um manifesto pessoal de preocupação com as novas gerações. Em suma, é um dever do qual não podemos nos desviar.
Já que estamos empenhados em separar nosso lixo de maneira adequada, que tal também dar um destino correto ao lixo orgânico? Afinal, uma média diária de 88 mil toneladas desse tipo de material acaba indo para os aterros sanitários, contribuindo com o aquecimento global. A solução está na compostagem. Quer saber como fazer? Clique aqui e veja como é simples. Boa leitura!
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