Quem tem filhos em casa sabe como eles crescem rápido. De uma hora para outra, já não são mais os pingos de gente que embalávamos no colo. Não procuram mais a cama dos pais no meio da noite e se cansaram dos brinquedos; agora, se entretêm apenas com o celular. E — horror dos horrores! — já falam em namorar.
Além da inevitável preocupação que o ingresso dos filhos na adolescência traz, existe uma questão de arranjo doméstico a tratar: transformar o aposento que até ontem abrigava um bebê em um quarto teen, mais adequado ao atual estágio de maturidade deles.
Não há mais sentido o seu filho (ou filha), já crescidinho(a), continuar convivendo com pelúcias, carrinhos e outras fofices. Nem cores ou enfeites mimosos. É hora de repaginar o local. Mas isso é possível?
Se você decorou o quarto do bebê prevendo o momento em que teria de mudar tudo, a tarefa será mais simples. Caso contrário, a mão de obra será maior, com um acréscimo de custo por conta da troca dos móveis e outras adaptações.
Mas tudo tem jeito. Por isso, o post de hoje é sobre como deixar o quarto infantil com uma cara mais teenager. Então, se está precisando de dicas sobre o assunto, veio ao lugar certo!
É bem provável que a primeira pessoa a notar que o quarto já não tem “nada a ver” será seu próprio ocupante: sairá com um “não sou mais um bebezinho, gente!” bem na hora do jantar, imobilizando os pais entre uma garfada e um gole de suco.
Talvez o casal não tenha se dado conta, mas já faz algum tempo que o filho anda introspectivo, preferindo a solidão do próprio quarto à companhia dos adultos da casa. Daí que tenha sacado, antes de você, que o local já não se parece com ele (ou ela).
Via de regra, é por volta dos dez anos que a puberdade se manifesta. O corpo experimenta mudanças que a cabeça não consegue, a princípio, acompanhar. É um período confuso, de alterações de humor e de um sentimento profundo de inadequação — inclusive, em relação ao próprio espaço.
Nesse caso, dar uma geral no quarto do filho simboliza, de certo modo, um rito de passagem.
Depois de se convencer que a demanda do seu filho é justa, deixe-o decidir sobre a repaginada. Afinal, tudo isso é uma questão de agradar ao principal interessado, correto?
Claro que não será a primeira mudança de opinião dele. Na medida em que crescer, desenvolverá novos interesses, deixará de lado algumas coisas, abraçará outras. É inevitável.
De qualquer maneira, a primeira providência é eliminar o que não serve mais: tirar os brinquedos das prateleiras, o enxoval das Princesas ou do Mickey da cama, a cortina de bichinhos do varão e os enfeites com personagens do universo kids das paredes.
Falando em parede, é de se imaginar que uma demão de tinta seja necessária. Antes, porém, de decidir qual, considere o seguinte: cores fortes perdem a graça muito rápido — e não ajudam a relaxar. Melhor escolher um tom neutro e mais amigável a um local de descanso, restringindo a cor intensa a uma única parede ou nicho.
Outra solução é adotar um lambe-lambe ou papel de parede. Há uma oferta muito grande de materiais, cores e padrões a escolher. Sem falar que é muito prático de substituir quando já não fizer mais sentido.
Se tem um elemento onipresente em quarto teen é o material gráfico relacionado aos heróis da moçada: pôsteres de boy bands, cartazes de filmes, fotos do craque do time ou da última estrela da Nickelodeon.
Tudo o que interessar ao seu filho pode (deve, na verdade) compor a decoração, pois exprime a personalidade do dono do quarto.
Portanto, se ainda sobrou alguma pelúcia, carrinho ou boneca por ali, despache-o e proponha uma decoração temática, relacionada aos gostos do adolescente. Almofadas com estampas também são uma boa pedida.
Só evite aplicar essa personalização aos móveis. Lembre-se que, com o tempo, o gosto deles mudará.
Se, enquanto bebê, seu filho se virou muito bem com uma cômoda, agora que cresceu ele deve estar precisando de um amplo guarda-roupa.
Essa reposição está sujeita às medidas do espaço. Um aposento compacto demanda uma escolha mais criteriosa, visando o melhor aproveitamento. O importante é não cair na tentação de encomendar um móvel com feitio marcadamente infantil, que talvez precise ser trocado novamente mais adiante.
Prefira, em vez disso, uma peça robusta, durável, e com design adequado ao restante da decoração.
Normalmente, nessas alturas do campeonato, o berço há muito foi aposentado. Algumas pessoas, porém, adquirem um modelo que se pode aproveitar como sofá-cama, dando sobrevida ao móvel.
Entretanto, chega uma hora em que essa cama improvisada fica pequena para o adolescente. Sendo assim, é necessário ir às compras.
Novamente, a questão do espaço deve ser considerada. Dependendo da situação, pode ser melhor (embora um pouco mais salgado) providenciar um projeto de móvel sob medida — inclusive, incluindo todo o mobiliário do quarto.
Se não estiver disposto a tamanha revolução, pense em um móvel funcional, daqueles que assumem dupla função. Uma bicama para quando um amigo ou amiga vier passar a noite ou uma cama com compartimento para guardar os cobertores é a escolha mais inteligente.
A adolescência não é só um período de dúvidas, mas de aumento das responsabilidades — especialmente no que diz respeito aos estudos.
Por isso, não deixe de prever no seu projeto de quarto teen um espaço para o jovem desenvolver seus cálculos e leituras. O mais adequado é instalar uma escrivaninha em um ponto com boa iluminação e que permita acomodar os cadernos, livros e um computador com praticidade.
Uma boa cadeira, confortável e ergonômica, é um bônus importante.
Um quarto teen não fica teen o suficiente se faltar espaço para o seu filho passar algumas horas enfurnado na companhia de colegas.
Isso significa obter um mínimo de “área social”, na qual os garotos (ou garotas) possam assistir à tevê, jogar videogame ou ouvir música. Um ou dois pufes, se houver lugar, é uma eficiente melhoria. De resto, é deixá-lo ocupar o lugar, dar-lhe a devida privacidade e cobrar a limpeza regular do aposento. Afinal, ninguém é de ferro!
Como se vê, adaptar o quarto infantil para que se transforme em um quarto teen não oferece muito segredo. Um pouco de jogo de cintura, algumas substituições, acréscimos e um esforço de organização, com a inevitável dispensa de itens desnecessários, e o local estará pronto para as delícias e descobertas da adolescência — um tempo que, você sabe, ninguém esquece (e o quarto, naturalmente, é parte de tudo isso).
O que achou dessas dicas de decoração? Quem sabe, depois de redecorar o quarto do filho, você queira dar uns toques diferentes nos demais aposentos? Se for o caso, considere espalhar por aí alguns belos porta-retratos. Dê uma olhada neste post e saiba como.
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