O nome é pomposo, mas o conceito é relativamente simples: shabby chic tem a ver com “gourmetizar” a ação do tempo sobre móveis e ambientes. Trata-se de um estilo que tem proximidade com o rústico e o vintage, mas que busca um certo romantismo em sua concepção. É sobre essa tendência que falaremos no post de hoje. Acompanhe:
Todo mundo sabe que o tempo não poupa ninguém. Ou seria o pop? Bom, isso não vem ao caso! O fato é que tudo está sujeito a ele e mesmo esse seu apartamento novinho em folha viverá seus dias de móveis riscados, paredes descascando e aberturas empenadas.
Acontece que o pessoal do design de interiores resolveu acelerar o processo. Mas de um jeito estiloso, naturalmente. O resultado tem sido chamado shabby chic, um estilo de decorar não exatamente novo, porém muito valorizado atualmente em função do resultado estético. E o que isso significa, afinal?
Significa um revival do clima e do visual das veneráveis casas de campo construídas na Inglaterra e na França, emulado para outros espaços no fim dos anos 1980 pela designer inglesa Rachel Ashwell. Ela batizou sua criação de shabby chic, o que pode ser traduzido livremente para “desgastado chique”.
A ideia por trás dessa tendência é dar ao ambiente um visual surrado, de algo que sofreu severa ação do tempo. Para que não pareça, entretanto, decadente, o design shabby chic utiliza elementos decorativos de época, imprimindo um visual nostálgico, acrescentando ao arranjo detalhes modernos visando conferir contemporaneidade ao conjunto.
É quase como se o objetivo fosse criar uma cenografia de época, transportando, por exemplo, a cozinha para o tempo de sua avó ou transformando aquele espaço da sala dedicado ao descanso em um agradável espaço retrô. Vale utilizar papéis de parede com padronagem clássica, recuperar móveis antigos, promover desgastes pontuais no reboco da parede e enfeitar tudo com objetos vintage: jarros, vasos de flores.
Para que essas ações todas não se confundam com uma decoração de características meramente rústicas, a cor desempenha papel fundamental.
A paleta de cores característica da decoração shabby chic é suave. Os tons pastéis são recomendados para criar aquele sentimento de romantismo que o estilo pede. O objetivo é criar ambientes bem iluminados, como deviam ser os velhos casarões de campo que deram origem à tendência.
Além de oferecer uma bem-vinda sensação de tranquilidade e frescor — que pode ser potencializada pelo emprego generoso da luz ambiente —, a utilização de cores claras cria uma sensação de amplitude que valoriza espaços menores, uma condição comum à imensa maioria dos imóveis que saem da planta hoje em dia.
Portanto, tiramos de cena os tons vibrantes e colocamos o branco, o verde-água, o nude, o pêssego, o rosa antigo e tons correlatos. O uso de estampas floridas, axadrezadas e listradas também é permitido, desde que de acordo com as cores citadas acima.
Outro aspecto bastante relacionado ao shabby chic diz respeito ao uso da pátina, que é aquele recurso de pintura decorativa que oferece um aspecto envelhecido a móveis, utensílios e superfícies. Normalmente exige um pouco de mão de obra caseira (ou “faça você mesmo”, conforme os adeptos), mas o resultado tem tudo a ver com a proposta.
Grosso modo, a pátina envolve a aplicação de uma cor de tom claro (aqui, o branco é o mais indicado) sobre um fundo escuro. Com o uso de uma palha de aço, a gente promove desgastes na pintura, fazendo com que em alguns pontos o fundo apareça, o que dá o efeito envelhecido que caracteriza a técnica.
Montar uma decoração no estilo shabby chic, como se vê, não exige grande conhecimento técnico nem envolve muita função. Quer dizer, até envolve, se a sua pretensão for promover mudanças profundas no layout.
Afinal, é possível “arruinar” determinada parede do cômodo, expondo o tijolo aqui e ali, promover uma mudança no revestimento do piso, adotando uma cerâmica de feitio antigo, ou usar madeira de demolição tanto no chão como na parede. Se o objetivo é renovar o visual de determinado ambiente, realmente a alternativa deve ser considerada.
Aliás, a madeira reaproveitada do desmonte de casas antigas tem tudo a ver com o estilo. E não somente como revestimento, mas principalmente na mobília: uma bela mesa de centro ou de jantar, banquetas, aparadores e prateleiras formam uma base sólida (literalmente) para a montagem de um design baseado no shabby chic.
E a vantagem é que, como esse tipo de material está em alta, fica fácil encontrar, em lojas de decoração e de marcenaria, móveis com esse perfil para auxiliar no seu projeto. E há outros elementos a serem considerados.
Quem não guarda em casa um móvel ou utensílio herdado de algum familiar? Alguns desses objetos, contando décadas de idade e que, até o momento, pareciam não possuir utilidade, ganham nova vida com a adoção do shabby chic.
Se tiver uma velha cômoda, a dica é, depois de aplicar-lhe uma boa pátina, utilizar como aparador, posicionando-a naquele espaço da sala que você quiser renovar. A decoração pode ser feita com um bonito (e antiquado) vaso de flores, enfeitado de laços e fitas. Um espelho com moldura vintage é outro item que ajuda a valorizar o conjunto.
Móveis com base de metal, principalmente se aliados à madeira, reforçam a característica do shabby chic. Utilize almofadas para cadeiras e banquetas com esse tipo de material para garantir o conforto.
Nas janelas, cortinas de tecidos leves, nos tons indicados pela tendência, auxiliam no clima de romantismo e glamour.
Por fim, vale ressaltar que a adoção desse tipo de decoração pode ser feita de maneira ampla ou pontual. Se você se identifica com ela, pode ir, aos poucos, compondo ambientes dentro desse conceito. Por outro lado, dá para criar apenas um cantinho aconchegante dentro do apartamento seguindo os ditames do shabby chic. Como pudemos observar, é possível aderir a ele apenas adaptando um ou outro objeto de época e utilizando as cores certas. O importante é manter o bom gosto e se certificar de que a mudança satisfaz as suas expectativas.
O shabby chic é realmente uma alegria para os olhos. Mas não é a única tendência bombando por aí. No primeiro artigo desta série, conversamos sobre o estilo boho, que guarda semelhanças com o shabby, mas traz consigo referências próprias. Vale a pena clicar neste link e conhecer.
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