Depois de predominar na decoração de bares, pubs e lojas descoladas de roupas e acessórios, o vintage chegou para dar uma renovada no visual de nossos apartamentos. Mas não somente para ambientar aquele refúgio dos amantes do vinil e de artigos colecionáveis de época. O vintage está aí para dar personalidade e estilo no layout como um todo.
Mas o que essa palavra tão na moda significa? Mais importante: como a gente faz para aplicar o conceito no nosso décor? Se você também tem interesse pelo assunto e dúvidas a respeito, não preocupe: a partir de agora nós vamos passar o vintage a limpo. Prepare-se, então, para uma volta no tempo.
Vintage tem a ver com nostalgia. Sabe aquela mania muito comum a nós, adultos, de se apegar a coisas e circunstâncias do passado? “Música boa era a dos anos 1980”, ou, “No meu tempo as coisas eram assim, ou assado”. Quem nunca disse isso, não é verdade?
Alguns associam esse sentimento a um estilo de vida, o que os faz preferir a solidez dos móveis e objetos de época aos projetos de decoração mais modernos. Por exemplo, depois de celebrar o CD, o MP3 e o streaming, muita gente tem se voltado para o característico chiado provocado pela agulha sobre o LP. E tome pôsteres de pinups, detalhes cromados e carros valvulados!
Talvez Freud tivesse uma ou duas palavras a dizer sobre isso, mas o fato é que essa fixação pelo passado tem levado importantes designers de interiores a apostar na tendência. Mas, para que ela se concretize como deve ser, é necessário que haja um elemento imprescindível: o móvel ou objeto vintage.
A mobília vintage é peça central desse estilo decorativo por uma razão simples: não apenas a estética é valorizada nesse tipo de composição de ambientes, mas o efeito psicológico associado ao que poderíamos definir como uma busca pelo passado perdido. O vintage está relacionado a memorabilia, ou seja, a objetos que tenham valor sentimental — desde que estes somem um longo tempo de uso. Falamos em trinta anos ou mais.
Entra nessa categoria, portanto, aquele móvel ou peça de decoração que está na família há décadas e que chegou até suas mãos em condições razoáveis de uso, ainda que riscado, com a pintura descascada ou fora de moda. Talvez você não tenha pensado até agora que esse trambolho poderia ter uso. Pode até ser que o considere um estorvo, e só não o despachou ainda pelo já referido valor sentimental.
Se por acaso essa peça tem características de design marcantes de uma época, você já tem um bom motivo para aderir ao estilo vintage. Claro que alguém não tão afortunado assim, mas saudoso daquele clima de casa dos avós, está autorizado a criar uma decoração vintage em seu apê. Como o interesse por essa estética está em alta, não é difícil encontrar bons exemplares em bazares, lojas de usados, antiquários ou através de pesquisas na internet.
Não se preocupe: embora não exista uma relação íntima com o objeto, a conexão com o período do qual ele veio persiste. Afinal, móveis contam histórias.
Vamos aqui abrir um parêntesis para falar sobre a relação entre vintage e retrô. Como bons amigos, os dois termos andam sempre juntos, o que suscita confusão.
Como você já deve ter concluído, vintage (que, a propósito, era originalmente usado pelos enólogos para descrever determinada casta de uva) se refere a um objeto antigo que volta a ter uso nos dias atuais. O já citado vinil (bolachão, para os íntimos) é um exemplo “clássico”.
Já um objeto retrô é algo contemporâneo que foi construído para parecer velho. Usando a mesma analogia, temos essas modernas vitrolas embutidas em caixas de madeira: parecem antigas, mas não são. Entre uma coisa e outra, existe ainda a seguinte distinção: o vintage foi feito para durar; o retrô, nem tanto.
Mas é possível basear uma decoração bacana em elementos retrô. Naturalmente. Como existe uma oferta limitada de objetos antigos, a onda retrô surge como alternativa. Porém, não é vintage. Ou, por outra, não possui alma.
Acabamos nos desviando um pouco do objetivo deste post. Qual seja, como criar uma decoração genuinamente vintage.
Antes de chegar ao ponto, perceba que o estilo é versátil. Embora ele seja muito apreciado por fanáticos por coisas antigas, o que leva o sujeito a criar “ilhas vintage” em seu habitat — tipo, um cantinho do bar temático dos anos 1920 —, pode-se muito bem elaborar ambientes sóbrios e requintados usando esse tipo de proposta.
Ou seja, não é necessário parecer pitoresco para ser vintage. Inclusive, uma maneira de fugir ao exotismo é combinar móveis ou acessórios de época com elementos modernos, criando um contraste que reflete charme e bom gosto.
Falando em contraste, deve-se procurar ambientar a decoração vintage sobre fundos neutros. Cores suaves valorizam o conceito, além de conferir maior leveza ao layout, evitando que o visual fique muito carregado. Reserve as tonalidades mais marcantes para detalhes. Via de regra, os tons mais indicados são os pastéis.
No mobiliário, poltronas de couro, cristaleiras, armários e aparadores com pés palito (uma marca do estilo vintage), penteadeiras em estilo provençal são alguns dos elementos característicos dessa vertente. Já para compor o décor uma série de objetos entra em cena. Os mais comuns são peças como máquinas de escrever, câmeras fotográficas de filme, telefones de disco, velhos ventiladores e outros artigos de épocas passadas.
Aposte ainda nos papéis de parede com desenhos florais, vasos de vidro e arranjos de flores. Almofadas coloridas de crochê, mantas de patchwork, caixas estampadas, espelhos com molduras rebuscadas, tapetes com estampas geométricas e pôsteres antigos ajudam a evocar a atmosfera da decoração vintage.
Só procure manter o equilíbrio da composição. Em caso de dúvida, lembre-se de que menos é mais. Esse é um mandamento infalível para evitar tropeços. Muitas vezes, tudo o que precisamos para deixar o ambiente com uma pegada vintage é usar uma ou outra referência. O importante é fazer com que a sua decoração consiga evocar aquela atmosfera de Anos Dourados e que seu apartamento fique ainda mais confortável e acolhedor.
Gostou dessa tendência? Então, esperamos que ela te inspire a revirar a área de serviço atrás de alguma peça “das antigas”. Quem sabe o que você vai descobrir por lá? Falando ainda em tendência, deixe-nos apresentar um estilo que tem relação com essa valorização do passado, porém de um jeito bastante particular. Falamos do shabby chic. Nunca ouviu a respeito? Ora, saiba que ele também anda bastante em alta. Aqui a gente conta mais sobre isso, confira!
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