Mais um dia de matar no escritório e tudo o que queremos é chegar logo em casa, arriar as chaves do carro, atirar para longe os sapatos apertados e desabar sobre um velho amigo: o sofá da sala. Agora, é só questão de desenterrar o controle de debaixo das almofadas, retomar a série do capítulo em que parou que tudo começa a melhorar.

Mas aí você percebe algo que não havia notado antes: seu sofá já não o aconchega do jeito como fazia. Na verdade, até deu para ouvir um leve rangido no momento em que pôs o peso sobre ele. Olhando bem, ele está um pouco gasto nos apoios dos braços e, com toda a certeza, descoloriu bastante.

A verdade dura — e por isso mesmo difícil de encarar — é que está na hora de aposentar o querido móvel. Quantas alegrias, quantos namoros, quantas mágoas vividas sobre esses centímetros de tecido, madeira, molas e espuma! Infelizmente, é hora de dar adeus….

Bem, como já diziam: “Rei morto, rei posto”. Ou seja, é também hora de escolher um novo sofá. Mas como fazer isso, se o antigo parecia insubstituível? Pensando melhor, ele era um pouquinho exagerado e — vamos ser justos — não combinava tanto assim com o resto da mobília….

Portanto, não dá para errar uma segunda vez: já que nos dispomos a sacrificar o velho parceiro, não podemos querer menos do que um sofá com a nossa cara (nossa e de nossa casa) e que fique perfeito na sala. Cumprir essa tarefa com êxito, porém, pede alguns cuidados e providências acessórias.

Se quiser saber quais são, acomode-se aí no sofá (ato falho, desculpe!) que vamos ajudá-lo a escolher o seu mais novo “best friend ever” com todo o acerto. Vamos começar?

É para uma sala grande ou pequena?

Ao começar seu périplo pelas lojas de móveis e se apaixonar por aquele estofado bacanudo, não se esqueça de se perguntar: “Será que o dito-cujo cabe na minha sala?”

Quase dá para ouvir o seu risinho esperto de quem encarna o Joel Santana e diz: “Está de brincation with me? Ninguém vai cair nessa!”. Pois responda rápido: quantas vezes você saiu para comprar um móvel e simplesmente esqueceu de tomar as medidas do cômodo?

Não se preocupe, isso é mais comum do que parece. Além disso, não é somente saber se o sofá vai entrar na sua sala, mas descobrir se ele não vai atravancar todo o espaço. Especialmente se o seu apê for do tipo compacto, é fundamental entender que cada centímetro conta.

(Se quiser descobrir como fazer a sala parecer maior, dê uma olhada nas dicas deste post).

Por isso, procure manter um perímetro de 70 centímetros em torno do sofá — além de ter todas as medidas do cômodo na ponta da trena no momento em que sair para comprar o móvel (não tem uma? Considere incluir esse item na sua caixa de ferramentas ou baixar um aplicativo que faça essa função).

É para sala de estar ou de tevê?

Até aqui, assumimos que a mobília da qual falamos é um sofá para a sala de tevê. E se fosse para a sala de estar, haveria alguma diferença? Bem, considerando que cada qual cumpre com funções ligeiramente diferentes, devemos entender que existem, sim, diferenças.

Se você procura um sofá para pôr diante da tevê, deverá levar em conta a quantidade de tempo que ficará (literalmente) esparramado sobre ele, maratonando suas séries favoritas e, muito provavelmente, na companhia de toda a família.

Ou seja, o sofá deve ser confortável, com espuma macia para acomodar o corpo da gente igual a abraço de mãe.

Já a sala de estar, que é um ambiente mais formal, digamos assim, pede uma mobília mais rígida. Aqui, a ideia não é ficar “relaxadão”, mas com a espinha ereta e o coração tranquilo, como diria a música.

Ainda neste tópico, podemos falar sobre a questão da composição do produto. E aqui também encontramos particularidades: no caso de um sofá para a sala de estar, temos como revestimento ideal, pela fácil manutenção, o couro ecológico. Já como sofá para a sala de tevê ou de home teather, cai melhor uma peça revestida com tecido, pois é mais aconchegante e de fácil manutenção.

É para ser neutro ou colorido?

O próximo requisito que um sofá para a sala deve cumprir é de caráter estético. Tudo bem que ele seja confortável e na medida certa, mas, se não tiver nada a ver com o local onde será instalado, também não terá nada a ver com você.

Para não errar nesse particular, leve em conta a configuração da sala, a disposição da mobília e, principalmente, a composição de cores do aposento. No caso de uma decoração mais clean, talvez seja possível investir em uma peça de cor chamativa, mas uma de tom neutro costuma ser mais eficiente.

Lembre-se que a mobília ficará na sua companhia por bastante tempo. Por isso, convém evitar algo do qual possa se cansar em poucos meses. É o que normalmente acontece com sofás estampados. Por isso, prefira investir em itens decorativos como mantas e almofadas, que podem ser trocados de tempos em tempos, renovando a aparência de seu estofado.

Falando nisso, é interessante observar a relação entre sofá e tapete, já que essa parceria é praticamente inevitável. A melhor forma de harmonizar a dupla é elegendo um tapete claro para combinar com um estofado escuro, e vice-versa. Ou um tapete estampado, caso o sofá seja liso (e, novamente, vice-versa).

Como opção mais certeira, escolha um sofá liso e de tom claro (salvo se tiver crianças ou pets em casa. Nesses casos, talvez seja melhor adotar um móvel escuro, para disfarçar as lambuzeiras dessa turminha).

É para reinar sozinho ou com parceiros?

Apartamentos compactos não dão muita margem para manobra. Em muitos casos, o espaço comporta um estofado de dois lugares somente. Nesse caso, talvez seja possível compor com pufes para aumentar a capacidade de carga do ambiente.

Se o local tiver dimensões suficientes para duas ou mais peças as alternativas se ampliam — inclusive de composição do cômodo, com a possibilidade de adquirir móveis de cores iguais, mas de tonalidades diferentes.

Sem contar que o sofá poderá ser utilizado para delimitar ambientes, uma estratégia bastante valorizada pelos arquitetos do momento. Nesse caso, você talvez queira abrir um pouco mais a mão e adquirir um aparador para posicionar às costas de seu estofado novo.

Portanto, beleza, conforto e praticidade são os principais ativos a se considerar no momento de escolher um sofá para a sala. Lembre-se: mais que uma peça de mobília, o sofá é um amigo de todas as horas. Por isso, escolha não somente com a razão, mas com o coração… E sejam felizes!

Agora que já sabe como encontrar o sofá que mais combina com você, não deixe de solucionar outro grande dilema da vida doméstica: como usar a cabeceira da cama na decoração do quarto. E esse conhecimento fundamental está a um clique de distância. É só apertar o botão do mouse sobre este link e resolver mais esse “mistério” do dia a dia. Boa sorte e boa leitura!