Dicas de decoração

Dicas de decoração para um apê com pets

apê com pets

De acordo com um levantamento feito pela Euromonitor International, divulgado pela Forbes (leia aqui), o Brasil se tornou, em 2020, o segundo maior mercado de produtos pet, com 6,4% de participação global, superando pela primeira vez o Reino Unido, que contabilizou 6,1%. 

Esses números são pífios se comparados à realidade norte-americana, que responde por nada menos que 50% do mercado. Mesmo assim, eles refletem um comportamento arraigado do brasileiro: somos, em grande maioria, fanáticos por bichinhos de estimação.

Seja para ter uma companhia na solidão, seja para complementar a família ou contar com um parceiro de todas as horas, muitos de nós abrimos o coração (e o apartamento) para cães e gatos — entre outros animais mais ou menos convencionais.

Mas assumir um pet em nossas vidas não significa apenas compartilhar momentos de diversão e alegria. Fora o fato óbvio de que esses bichinhos precisam ser alimentados e cuidados, e passear com alguma frequência, é necessário que haja um lugar só deles. A principal razão é que, do contrário, é melhor se preparar para os atos de vandalismo animal.

Talvez por estresse ou inquietação, excesso de energia ou incorrigível espírito de saci-pererê, pets causam sujeira e estragos. Não tem jeito, a única forma de contornar o lado incômodo dessa relação é ocupando e adaptando o apê para o convívio com animais. 

É sobre isso que falaremos no post de hoje. Portanto, se você tem cães ou gatos em casa e não sabe como frear o ímpeto bagunceiro dos amiguinhos, “seus problemas acabaram”. Veja abaixo algumas dicas para decorar o apartamento de modo que ele fique “pet friendly”.

Garanta que o piso seja antiderrapante

Sabendo-se que cães (de modo mais intenso) e gatos vivem às carreiras pelos cômodos do apartamento, a capacidade de aderência ao piso é um item a ser levado em consideração. 

Caso essa superfície seja muito lisa, é possível que eles não consigam se equilibrar da forma adequada. Podem, em última instância, sofrer algum dano nas articulações — especialmente animais com idade avançada.

Portanto, sempre que possível, convém adequar o tipo de piso à presença dos ocupantes de quatro patas. Além da questão ergonômica, é importante pensar em termos de manutenção do ambiente. Aqui, falamos da questão da limpeza, já que os pets nem sempre atinam onde é seu banheiro — fora que não costumam bater os pés no capacho e soltam quilos de pelos por onde passam.

De modo geral, o melhor piso para eles é o cerâmico: resistente a manchas, fácil de limpar e, de quebra, oferece conforto térmico nos dias de maior calor. Os revestimentos laminados ou de pedra também são indicados.

Se você não dispõe de uma superfície muito aderente e não está pensando em trocar, a solução é providenciar alguns tapetes e passadeiras em locais estratégicos para auxiliar na frenagem das patinhas. 

Só não invista em tapetes caros, pois eles são alvos preferenciais dos bichinhos. Os mais indicados são os menos felpudos, os feitos de material sintético ou de sisal, que facilitam a operação limpeza. Vale também combiná-los com a cor do animal de estimação, como forma de escamotear os pelos que, inevitavelmente, ficam espalhados pelo chão.

Prefira um sofá resistente

Não há móvel mais sujeito à fúria de cães e (principalmente) gatos do que o sofá. Não apenas porque eles adoram tirar uma soneca nesse local, muitas vezes sem apresentarem as melhores condições de asseio, como podem tacar-lhe os dentes ou as unhas sem o menor aviso. Sem contar os acidentes do tipo “comi demais”, bolas de pelos e por aí vai. 

Se não quiser sofrer ataques de nervos ao flagrar seu precioso sofá maculado ou estropiado, melhor escolher de uma vez um modelo talhado para o combate. Prefira modelos feitos de tecidos mais resistentes, como o suede, a lona e o brim. Coisas como linho, seda e veludo, por outro lado, não te pertencem mais! 

Ah, e nada de móveis com pés de madeira (isso, portanto, vale para as cadeiras). Cães adoram roê-los e gatos metem-lhes as unhas sem cerimônias.

Uma solução interessante para os estofamentos (e também cortinados) é providenciar a impermeabilização dos tecidos (veja aqui como fazer), o que dará a eles pontos extras de resistência.

Se você ainda não se sentir preparado para se despedir do seu sofá, uma maneira de mantê-lo relativamente a salvo é providenciar uma capa com trama bem fechada para segurar o furor de seus amiguinhos. Ou ainda, jogar mantas por cima para salvaguardar o tecido ou simplesmente disfarçar o estrago. Além de práticas, as mantas dão um toque bacana na decoração do móvel. 

Não dê bobeira com os enfeites

Sabe aquele porta-retratos maravilhoso colocado sobre a estante? Se abrigar gatos em casa, ainda mais sapecas, considere o risco de vê-lo espatifado no chão qualquer dia desses. O mesmo vale para vasos de plantas.

Falando em plantas, algumas espécies não se aconselha ter no mesmo espaço onde animais habitam, pelo fato de que podem ser tóxicas para cães ou gatos. Entre as perigosas temos a artemísia, a azaleia, o antúrio, o famoso comigo-ninguém-pode, a espada de São Jorge, o jasmim e o lírio. Aqui você tem uma relação das plantas tóxicas mais comuns. 

É certo que nem todo pet se vê atraído por esse tipo de armadilha. Normalmente, o perigo é maior para crianças. De todo modo, convém estar atento.

Voltando aos enfeites, além daqueles que seu gato pode alcançar, existem os objetos que ficam no caminho dos cães maiores, e correm o risco de serem varridos pela cauda deles. 

Em alguns casos, é possível deixar seus itens decorativos fora de alcance; noutros, não. Em situações extremas (quando há um gato verdadeiramente inquieto por perto), o jeito é eliminar certos objetos. Ou exibi-los em cristaleiras protegidas por vidro, por exemplo. Do contrário, a chance de ocorrer acidentes aumenta.

Tenha um espaço só deles

Muitas vezes, o animalzinho está apenas estressado; ou precisa realmente gastar energia. A melhor maneira de evitar que gastem no lugar errado é providenciando um espaço só deles. Pode ser um cantinho da sala, onde possamos depositar a caminha, o comedor e alguns brinquedos para distrair. Se tiverem um local que identifiquem como deles, é provável que deixem os demais em paz. 

Se você possui espaço no quarto, é possível que o pet fique melhor acomodado em um cantinho desse aposento. O legal é que existem móveis sob medida para você abrigar seu cãozinho no quarto com todo o conforto e estilo. Se usar a criatividade, também é possível solucionar o problema sem maiores dificuldades.

Ainda comentando sobre móveis, existem aqueles em formato de árvore que reúnem prateleiras e uma espécie de playground para gatos que são um acréscimo decorativo fenomenal. Objetos próprios para o gato afiar as garras, feitos de cordas de sisal, também são providenciais.

Ou seja, além de todo o carinho, atenção e cuidado que devemos dispensar aos nossos companheiros de quatro patas, é importante adaptarmos a decoração conforme a necessidade deles, de maneira que nossos pets se sintam seguros e confortáveis — especialmente naqueles momentos em que não estamos por perto. Não se trata, portanto, somente de conveniência, mas de dar uma retribuição justa a todo o bem que eles nos fazem.

O que achou do post de hoje? Esperamos que ele promova uma reflexão sobre o papel dos animais de estimação em nosso convívio e o inspire a estreitar ainda mais esses laços de amizade. Por outro lado, talvez você ainda esteja na fase do namoro — pensando, talvez, em adotar um cãozinho para preencher de alegria (e latidos, eventualmente) o ambiente. Considerando essa hipótese, aqui vai uma dica: não deixe de ler este post sobre as raças de cachorro mais indicadas para apartamento. Assim, você evita frustrações e acerta de cara na escolha.

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