Dicas de decoração

Cores em alta nas paredes: veja quais combinam com seu estilo

Em alguma altura da vida, a gente precisa se render ao inevitável: a necessidade de renovar a pintura das paredes. Ainda que, sabiamente ou não, tendamos a empurrar a tarefa com a barriga, jogando-a para o próximo mês ou ano, a loja de tintas é um destino inescapável.

Quando esse momento temido, enfim, chega, ao lado de decidir se partimos para o “faça você mesmo” e cuidamos de tudo sozinhos ou se vamos contratar a mão de obra de um profissional do ramo (tempo e dinheiro são os fatores limitantes dessa escolha), precisamos resolver entre manter a cor original, adotar uma tonalidade mais ou menos parecida ou mudá-la completamente.

Se a questão é mais de dar nova vida ao que está desbotado, avariado ou descascando, manter o script talvez seja suficiente ou até desejável. Você simplesmente gosta das coisas como são e tudo bem.

Se, por outro lado, ninguém na casa aguenta mais a velha combinação de cores, então é hora de pensar em uma profunda mudança.

Em qual dos dois cenários a sua situação se encaixa? Independentemente disso, no post de hoje daremos algumas sugestões de como deixar a parede colorida de um jeito que combine com o seu estilo. Portanto, prepare os insumos que já vamos começar!

Questão estética e funcional

Antes de nos aprofundarmos na questão prática do trabalho, vamos fazer algumas considerações de ordem subjetiva — se podemos dizer assim.

Afinal, por mais que pensemos que cor é cor e pronto, existem razões que a própria razão desconhece (desculpe aí, Shakespeare!) para que fiquemos caidinhos por esta ou aquela determinada tonalidade.

Os cromoterapeutas sabem disso. Os decoradores também. Por isso, combinam as cores em seus projetos segundo a sensação que gostariam de produzir. Quando querem criar um clima mais intimista e de tranquilidade apostam em cores neutras ou “frias” (tons de cinza de um lado e de verde e azul do outro, por exemplo).

Quando se trata de dar uma agitada no ambiente, a paleta esquenta um pouco, subindo a “temperatura” (em física o entendimento é completamente oposto: o azul é a cor quente) até os tons mais vibrantes, como o vermelho, o amarelo e o laranja. Para deixar o aposento bem aconchegante, a pedida são os tons médios, suaves, mais adequados ao descanso.

Claro que nada disso deve ser tomado como cláusula pétrea. Como estamos compondo uma parede colorida que se encaixe no seu estilo, nada impede que você subverta a lógica e encontre uma combinação favorável de forma intuitiva (embora, nesse caso, não estejamos de fato fugindo da psicologia, estamos?).

O problema é que, normalmente, escolher uma tinta é uma tarefa que gera mais dúvidas que certezas. Ao pedir ao atendente da loja um mostruário de tonalidades disponíveis, a probabilidade é que a indecisão aumente. Por isso, vale a pena seguir a recomendação de especialistas e buscar na lógica um caminho seguro.

Do contrário, pode ser que você gaste algum dinheiro no galão de tinta apenas para descobrir que aquela cor não combina em nada com o seu imóvel.

Uma ajudinha da tecnologia

Via de regra, a pintura do imóvel ocorre antes que se mobílie o espaço, correto? A partir daí, a gente compra os móveis e itens decorativos que combinem com a paleta escolhida. Quem manda, portanto, é a parede.

Ao realizarmos a repintura, o que está dentro de casa ganha maior protagonismo. Especialmente se a mobília tiver uma cor marcante, não exatamente neutra. Nesse caso, é preciso levar em conta o layout do ambiente.

O ideal é evitar um choque entre o que está espalhado pela casa e a cor escolhida para a parede. Tons conflitantes em geral não caem muito bem. A melhor estratégia é procurar tons complementares, de maneira que haja uma transição harmoniosa entre a cor escolhida e aquela já existente em sua decoração.

Mas se, ao olhar para a parede de sua casa, você não conseguir imaginar como tal ou qual cor ficaria, convém pedir ajuda a algo que sabe de tudo hoje em dia: o seu smartphone. Sim, a tecnologia presta um ótimo serviço nessas questões aparentemente banais do cotidiano.

As principais fabricantes de tintas desenvolveram aplicativos que, ao registrar uma parede de sua casa ou simplesmente apontar o celular para ela, permitem que você brinque com as cores com aceitável nível de realismo. Também é possível descobrir qual o código da cor que você usa atualmente, caso prefira manter as coisas como estão.

(aqui você encontra aplicativos que ajudam, entre outras funcionalidades, a decidir cores)

A casa toda ou só uma parede

Muitas vezes, tudo o que precisamos para renovar o aspecto de um cômodo é colorir uma única parede. Esse truque tem sido cada vez mais usado e oferece resultados excelentes, seja para criar um clima de aconchego em um cantinho da casa, seja para energizar o ambiente ou para criar uma sensação de profundidade e amplitude.

Nesse caso, a regra é adotar uma tinta de cor escura. Pode ser um tom quente, como o vermelho, ou frio, como azul ou o verde — tudo depende do efeito desejado e do restante da pintura do aposento. Uma maneira de aplicar o recurso com acerto é se ater à paleta já usada. Como um cinza escuro para casar com um layout mais neutro, combinação muito comum, por exemplo, na decoração em estilo hygge (nórdico).

Entretanto, se fizermos uma tabelinha esperta com alguns itens da decoração, é perfeitamente possível introduzir uma cor vibrante sem relação direta com a pintura das outras paredes. Bordô, turquesa e mostarda são exemplos de cores que funcionam bem quando dialogam com detalhes no mesmo tom.

Só tome cuidado para não carnavalizar a decoração: quanto mais neutras suas paredes, mais chances de o arranjo funcionar. Aí, é só introduzir toques da cor extra em um objeto decorativo, como as almofadas do sofá, um abajur, um aparador, que a coisa encaixa perfeitamente bem.

Tintas em alta

No começo de 2019, a Pantone cravou que a cor do ano seria a Living Coral. Foi a senha para que a tonalidade invadisse o design, as passarelas e os projetos decorativos. Não era achismo, mas resultado de estudos. Por isso, a ideia virou tendência.

Mas não apenas o “coral vivo” ganhou destaque no ano. Muita gente do ramo, antecipando o anúncio da Pantone, apostou suas fichas em tonalidades diferentes, como o bordô, descrito com um tom elegante e sofisticado. Realmente, para dar destaque a uma parede e compor com tons sóbrios, no estilo off-white (“quase branco”), o bordô é fantástico.

Outra tonalidade em alta é o verde azulado, que é ótimo para dar uma sensação de profundidade e para deixar a sala naquele clima sereno, ideal para refletir e relaxar. Uma variação carregada do tom é a chamada parede de lousa, bastante usada na cozinha mas versátil o suficiente para entrar no quarto das crianças e até no do casal.

O cinza flanela continua em evidência, especialmente entre adeptos do já mencionado estilo hygge. É sóbrio e compõe muito bem com tonalidades quentes. Na mesma linha, temos os tons de chocolate, clássicos e requintados.

Cores terrosas, pitadas de mostarda, rosas delicados, vermelhos vivos e azuis intensos, tudo isso pode entrar na sua paleta para deixar uma parede colorida e a casa no seu estilo. Não deixe de pesquisar tendências na web, de baixar aplicativos para testar combinações em tempo real e de avaliar o espaço com calma e critério. Ao fim disso, você estará mais do que apto a escolher a tinta mais adequada às suas aspirações.

Para fechar, queremos sugerir a leitura de um post que tem tudo a ver com o tema de hoje: como escolher as almofadas. Em se tratando de decoração, esse item tem o poder de renovar o ambiente a um custo para lá de amigável. Sendo assim, clique no link e não perca as dicas. Boa leitura!

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